Paciente do sexo feminino, 32 anos, saudável, recentemente recebeu diagnóstico de lipedema ao consultar um vascular. As principais queixas eram dores e inchaço nos membros inferiores, além de apresentar maior concentração de tecido adiposo nessa região. Entre as formas de manejo da doença, o tratamento dietético pode ser um forte aliado no combate aos sintomas e melhora na qualidade de vida, explicou o médico, que, por seguinte, encaminhou a paciente para acompanhamento nutricional. Diante do caso exposto, assinale a alternativa INCORRETA.
O tratamento dietético no lipedema tem como principal objetivo evitar o ganho de peso e/ou atingir o peso normal, uma vez que o sobrepeso e a obesidade podem ser fatores que contribuem para a exacerbação de edemas. Enfatiza-se que a redução de peso não deve ser alcançada à custa da massa muscular, mas sim através da redução da gordura.
Não há uma dieta específica para tratar o lipedema, mas um conjunto de estratégias que podem ser adotadas dependendo do contexto de cada paciente.
Como níveis elevados de insulina promovem a lipogênese e agravam a formação de edemas, uma dieta isoglicêmica poderia ser indicada.
Uma dieta mediterrânea adaptada, com alimentos majoritariamente à base de plantas, gorduras saudáveis (como azeite), com alto consumo de ômega-3, uso de ervas ao invés de sal, exclusão de alimentos em conserva, processados e carboidratos de alto índice glicêmico, seria oportuna para o tratamento dietético da paciente.
Segundo estudos recentes, a dieta cetogênica parece não ser bem-vinda no tratamento do lipedema, devido à sua capacidade de desregulação da glicemia e efeito inflamatório.