Sobre as políticas públicas de nutrição e segurança alimentar no Brasil, conforme o documento de segurança alimentar do Ministério da Saúde (2014), analise as alternativas a seguir:
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) não inclui a exigência de alimentos orgânicos, priorizando alimentos processados de alto valor energético e baixo custo, o que atende às necessidades nutricionais das crianças de forma prática e eficiente. Conforme o documento do Ministério da Saúde (2014), o foco principal do PNAE é a quantidade energética dos alimentos ofertados, sem a exigência de que sejam minimamente processados ou de origem orgânica.
A fortificação de farinhas com ácido fólico e ferro é uma medida mandatória em todo o território brasileiro, implementada como parte de uma estratégia nacional para a prevenção de anemias ferroprivas e má-formação do tubo neural em recém-nascidos. Essa política de fortificação visa principalmente a população em situação de vulnerabilidade social e foi amplamente instituída a partir da regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), conforme descrito pelo Ministério da Saúde (2014).
A suplementação de vitamina A no Brasil é restrita a crianças em idade escolar, sendo desnecessária para gestantes e lactantes, uma vez que as necessidades de vitamina A são adequadamente atendidas pela alimentação habitual. As diretrizes de suplementação, segundo o Ministério da Saúde (2014), excluem esses grupos, com base em evidências de que a deficiência de vitamina A é rara entre as gestantes e lactantes no Brasil.
O Programa Bolsa Família, embora seja uma política de transferência de renda, está desvinculado de iniciativas de suplementação nutricional ou de campanhas de segurança alimentar, sendo exclusivamente focado na melhoria da renda familiar para aquisição de alimentos conforme a autonomia dos beneficiários, sem interferência ou diretrizes do Ministério da Saúde.
As políticas públicas de segurança alimentar no Brasil priorizam a distribuição de suplementos nutricionais em larga escala, como multivitamínicos e proteínas isoladas, especialmente em áreas rurais, ao invés de incentivar a produção agrícola local ou a distribuição de alimentos in natura, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde (2014).