Embora a desnutrição seja uma preocupação global e esteja associada a morbidade, mortalidade e aumento importante dos custos com saúde, a falta de consenso em relação ao seu diagnóstico, sobretudo para aplicação em contextos clínicos, é um fator limitante para sua prevenção e tratamento. Recentemente, um grupo de especialistas de todo o mundo, inclusive do Brasil, propôs um consenso para diagnosticar desnutrição em adultos. Foram eleitos os cinco principais critérios para detectar a desnutrição, três critérios fenotípicos e dois etiológicos, tendo sido estabelecido que para diagnosticar a desnutrição, pelo menos um critério fenotípico e um critério etiológico devem estar presentes.
Com base na ferramenta GLIM (Iniciativa de Liderança Global em Desnutrição), os principais critérios para diagnosticar a desnutrição são:
circunferência do braço abaixo do percentil 10º, força de preensão palmar reduzida, redução do apetite e albumina baixa.
índice de massa musculoesquelética baixo, depleção do gastrocnêmio lateral, presença de febre, e perda de mais de 5% do peso nos últimos 30 dias.
perda voluntária de peso, IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m², presença de sarcopenia, redução da ingestão alimentar em no mínimo 10% do habitual e albumina baixa.
hipoalbuminemia, depleção severa de massa muscular, presença de doença consumptiva como câncer ou AIDS e duas ou mais internações nos últimos 12 meses.
perda de peso involuntária, índice de massa corporal baixo, massa muscular reduzida, redução da ingestão ou assimilação de alimentos, e diagnóstico clinico/presença de inflamação.