O risco cardiovascular (CV) global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso, pois auxilia na decisão terapêutica e permite uma análise prognóstica. Analise as afirmativas abaixo, assinalando a opção INCORRETA.
A primeira etapa para estimativa do risco CV é a identificação da presença de doença aterosclerótica, clinicamente evidente ou na forma subclínica, ou de seus equivalentes como DM e DRC. Se positiva, o indivíduo é imediatamente classificado como de alto risco, pois a chance de apresentar um primeiro ou um novo evento CV em 10 anos é superior a 20%.
Algumas mulheres jovens tendem a uma estimativa de risco mais baixa do que a real e, por outro lado, homens mais idosos são geralmente identificados como de alto risco, mesmo sem FR relevantes.
Os pacientes de risco intermediário que apresentam história familiar de DAC prematura em parente de primeiro grau, homem < 55 anos ou mulher < 65 anos, são reclassificados para “alto risco”.
Paciente hipertenso PA 180 X 120mmHg com história de AVE: acidente vascular encefálico; DAC: doença arterial coronariana; IC: insuficiência cardíaca; DAP: doença arterial periférica; DRC: doença renal crônica > estágio 4; RACur: relação albumina/creatinina urinária > 300mg/g é classificado como de risco moderado.
Escore de Risco Global (ERG) estima o risco de o indivíduo apresentar um evento CV (DAC, AVE, DAP, IC) em 10 anos, a distribuição dos pontos e percentual de risco é diferenciada para mulheres e homens. Quando o ERG fica abaixo de 5%, o paciente é classificado como 'baixo risco', exceto aqueles com história familiar de doença CV prematura, os quais são reclassificados para 'risco intermediário'.