Os ácidos graxos ômega-3 exercem inúmeros efeitos sobre diferentes aspectos fisiológicos e do metabolismo que podem influenciar a chance de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Conforme as recomendações da I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, é incorreto afirmar:
Suplementação com ômega-3 marinho (2-4 g/dia) não deve ser recomendada para hipertrigliceridemia grave (> 500 mg/dL), pois há risco de pancreatite.
Indivíduos de alto risco, como os que já apresentaram infarto do miocárdio, devem consumir pelo menos duas refeições à base de peixe por semana, como parte de uma dieta saudável para diminuir o risco cardiovascular.
Suplementação com ômega-3 marinho (~1 g/dia) pode ser recomendada para diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de risco baixo a moderado que não consomem duas refeições à base de peixe por semana, embora o real benefício dessa recomendação seja discutível.
Suplementação com ômega-3 marinho (~1 g/dia) pode ser recomendada para diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de alto risco, como os sobreviventes de infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca sistólica, embora o real benefício dessa recomendação seja discutível. O benefício parece ser menor ou nulo quando o paciente recebe tratamento otimizado, de acordo com as recomendações vigentes, e tem seus fatores de risco bem controlados.