O câncer promove uma série de repercussões desfavoráveis ao estado nutricional da criança. Além da própria condição da doença, as terapias antineoplásicas, os períodos de internação prolongados e os sintomas como náuseas, vômitos e fadiga podem debilitar a condição geral de saúde nessa faixa etária. Ao discorrer sobre as necessidades nutricionais para pacientes oncológicos pediátricos em tratamento quimioterápico, o Consenso Brasileiro de Nutrição Oncológica (2021) recomenda que:
as necessidades calóricas, em casos de desnutrição, podem ser calculadas multiplicando o peso real da criança por 1,2 a 1,5, para a recuperação nutricional
para ajuste de peso de crianças com sobrepeso ou com obesidade, deve-se utilizar o peso/estatura ou o IMC no percentil 90, não devendo ultrapassar 30% do peso atual
a quantidade de proteína deve ser ajustada de acordo com a idade do paciente pediátrico, com um acréscimo de 10 a 15% em casos de perda de peso e desnutrição
para o cálculo de estimativa das necessidades energéticas em pacientes pediátricos, devem ser utilizadas as equações preditivas de Holliday e Segar (1957) e Harris Benedict (1919)