O Principialismo foi a primeira corrente bioética a se estruturar, segundo Rego et al (2014). Esta abordagem considera que uma ação eticamente adequada é a que se orienta por princípios morais universalmente aceitos. São considerados princípios fundamentais, também chamados de princípios prima facie da Bioética: beneficência, não maleficência, respeito à autonomia e à justiça. Sobre esses princípios, é correto afirmar que:
o princípio da autonomia refere-se ao direito do paciente, diante da posse do conhecimento de todas as possibilidades relacionadas com uma ou mais propostas terapêuticas, de decidir livremente se aceita ou não um determinado tratamento proposto.
o princípio da autonomia, então, não permite que o profissional se negue a realizar um procedimento ou um tratamento solicitado pelo paciente, mesmo que considere que estaria infringindo preceitos técnico-científicos indispensáveis ao correto exercício de sua profissão.
o princípio da beneficência tem como principal diretriz a obrigação que o profissional tem de não produzir nenhum dano intencional ao paciente. Dano pode ser entendido como uma ação que contrarie ou interponha obstáculos ao interesse do paciente. Para tanto, o profissional deve manter atualizados seus conhecimentos científicos e aplicá-los em sua prática clínica.
o princípio da não maleficência trata da obrigação de fazer o bem, ou seja, afirma que todo e qualquer ato de assistência à saúde deve, obrigatoriamente, trazer benefícios ao paciente. Este princípio está diretamente relacionado ao conceito de excelência, a qual preconiza que a qualidade no atendimento deve envolver a sofisticação dos serviços executados.
na prática clínica, o princípio da justiça deve garantir o acesso desigual aos serviços e à utilização de todos os meios disponíveis na assistência à saúde. Constitui-se como um modelo de luta pela justiça na saúde.