No que se refere à etiologia, classificação e ao tratamento das fraturas faciais, assinale a alternativa correta.
As fraturas mandibulares podem ser do tipo galho verde, simples, cominutivas e compostas, de acordo com a condição dos fragmentos ósseos na região fraturada e a possível comunicação com o meio externo. Dificilmente fratura dos maxilares envolvendo um segmento dentário é uma fratura exposta ou composta.
A fratura Le Fort I resulta frequentemente da aplicação de força horizontal na maxila, fraturando-a através do seio maxilar e ao longo do assoalho da fossa nasal. A fratura Le Fort II é a separação de maxila e complexo nasal aderido, das estruturas zigomáticas e nasais. A fratura Le Fort III é a separação do complexo naso-órbito-etmoidal, dos zigomas e da maxila, da base do crânio. Invariavelmente, as fraturas do terço médio da face são fraturas Le Fort I ou II.
O objetivo do tratamento das fraturas naso-orbito-etmoidais é reproduzir as funções nasolacrimal e ocular normais, enquanto se reposicionam os ossos nasais e o ligamento cantal medial nas suas posições apropriadas, para assegurar a estética pós-operatória normal.
Na redução adequada de fraturas ósseas em que há a presença de dentes, o simples realinhamento e a interdigitação dos fragmentos ósseos no local da fratura geralmente resultarão em oclusão funcional satisfatória pós-cirúrgica.
Tradicionalmente o plano de tratamento da maioria das fraturas faciais começa com a redução das fraturas mandibulares e continua sequencialmente pelo terço médio da face; entretanto, com o advento e o desenvolvimento das técnicas de fixação rígida (placas e parafusos), o tratamento das fraturas faciais tende a começar pelas áreas de mais difícil estabilização e progredir para as áreas mais estáveis.