Ainda sobre rotinas na educação infantil, Maria Carmem Silveira Barbosa (2006), no livro Por amor e por força: rotinas na Educação Infantil explica que:
Tendo em vista as diferentes concepções políticas e pedagógicas, não existem elementos constitutivos da rotina invariáveis, ou seja, cada corrente pedagógica define um modelo de rotina completamente diferente;
Na constituição das rotinas, uma determinada ação ou situação, a exemplo da ’acolhida’, é invariável, independente da concepção pedagógica à qual está atrelada, já que os modos como essa ação se realiza, os níveis de participação dos adultos e das crianças, bem como a forma como é dividido o tempo são iguais em todas as escolas;
A hora do recreio é uma atividade regular da rotina: em todas as creches e pré-escolas tem recreio, independentemente da concepção pedagógica da escola. Além disso, as pesquisas apontam que todas as instituições de educação infantil realizam o recreio da mesma forma: as crianças saem da sala e vão brincar livremente, enquanto os/as professores/as descansam na sala dos professores, já que é direito deles/as lanchar e relaxar;
Os elementos invariantes da creche que compõem a forma ideal de organizar as rotinas nas salas de aulas devem ser: acolhida, primeiro lanche, hora de aprender, banho, almoço, hora do sono e descanso, segundo lanche, hora de aprender, banho, janta, esperar os pais. No caso da pré-escola, os elementos invariantes são: acolhida, hora de aprender, lanche, recreio, hora de aprender, hora da saída;
Dependendo da concepção pedagógica, diferentes rotinas se apresentam. Apesar de haver elementos invariantes como a sequência de atividades tidas como importantes a serem efetivadas no dia-a-dia (acolhida, lanche, banho, descanso, ateliê, recreio), há também os elementos variantes como as formas de se realizar cada atividade.