Durante uma atividade livre, uma criança de três anos tenta escalar uma prateleira baixa para alcançar um brinquedo. O monitor presencia a cena, intervém rapidamente e reorganiza o espaço para tornar os objetos acessíveis ao alcance visual e tátil das crianças, além de propor novas dinâmicas com os materiais. Essa conduta revela:
Uma reação emergencial e pontual, suficiente para evitar o acidente, mas que não modifica as estruturas permanentes do ambiente ou a lógica de circulação infantil., seguindo sempre a preconização do projeto político pedagógico da instituição.
Uma prática que substitui o risco pela passividade, uma vez que limitar o acesso ao brinquedo pode inibir o exercício motor e explorar menos as capacidades infantis que precisam ser desenvolvidas a partir da exploração dos ambientes.
Uma resposta que prioriza a resolução imediata do risco, mas desconsidera o valor simbólico da exploração e da iniciativa autônoma da criança no ambiente educativo que deve ser preparado com a intencionalidade pedagógica prevista na Base Nacional Comum Curricular.
Um entendimento ampliado da prevenção de acidentes como uma prática proativa e pedagógica, que considera a organização do espaço, o estímulo à autonomia com segurança e a mediação da curiosidade infantil de forma respeitosa.