Oliveira (2018, p. 37) afirma que, em nosso país, “as instituições mantidas pelo poder público têm dado prioridade de matrícula aos filhos de trabalhadores de baixa renda, invocando a noção de ‘risco social’. Por vezes, o argumento é que a educação das crianças em idade anterior à do ingresso no ensino fundamental deve ser um serviço de assistência às famílias, para que pais e mães possam trabalhar despreocupados com os cuidados básicos a serem ministrados a seus filhos pequenos. Em outras ocasiões, sustenta-se, particularmente por parte dos grupos sociais privilegiados, que a creche e a pré-escola devem ser organizações preocupadas em garantir a aprendizagem e o desenvolvimento global das crianças desde o nascimento”.
Para a autora, esses fatos revelam uma oposição enganosa. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o entendimento da autora sobre essa oposição enganosa:
Devem ser consideradas as creches como instituições assistenciais e as pré-escolas como educativas.
Não é possível ter a guarda das crianças sem as educar, e educá-las envolve também tomar conta delas.
Para cuidar das crianças, as creches necessitam de profissionais técnicos e, não necessariamente, de profissionais com formação em licenciatura.
O seio familiar é o espaço por excelência do cuidar, enquanto as instituições de educação infantil devem se organizar a partir de práticas educativas formais.