Na obra A prática educativa, Antoni Zabala nos relata que após demonstrar a técnica da cambalhota em uma aula de educação física, um professor atuou da seguinte forma: utilizando apenas um colchonete, colocou os alunos em fila indiana, um atrás do outro, e lhes pediu que executassem cambalhota um por um. “...A cada aluno exigiremos um grau diferente de execução do exercício e lhe ofereceremos um tipo diferente de ajuda. Se Juana é muito flexível e tem destreza, diremos: ‘Juana, os braços bem esticados, as pernas bem juntas e que a cabeça não toque no chão.’ Como esta aluna, apesar de ter feito bastante cambalhota, deslocou ligeiramente a perna, diremos: ‘Não colocou bem as pernas. Você deve prestar mais atenção.’ Por outro lado, quando for a vez de Pablo, um menino gordinho e pouco ágil, diremos: ‘Vamos Pablo, você pode fazer. Vamos lá!’ E enquanto faz cambalhota, ajudaremos, pegando-o pelas pernas, para que acabe de virar. Ao concluir, embora não tenha se saído muito bem, certamente faremos um comentário como por exemplo: ‘Muito bem, Pablo, é isso aí.’”.
Essa situação foi descrita pelo autor para exemplificar que
em cada caso utiliza-se uma forma de ensinar adequada às necessidades do aluno.
quando a aprendizagem se realiza sobre um conteúdo cognitivo deve-se estabelecer um modelo interpretativo mais uniforme do que o adotado nas práticas esportivas.
a avaliação da atividade deverá revelar o grau de acerto de cada aluno, ou seja, nota 9 para Juana e 7 para o Pablo.
o desafio da atividade deve ser igual para todos alunos, só assim se torna um desafio real.
toda atividade proposta pelo professor é planejada e adequada a série/nível em que o aluno se encontra, portanto ele “tem que saber”.