Segundo Ropoli (2010), os sistemas educacionais constituídos a partir da oposição - alunos normais e alunos especiais - sentem-se abalados com a proposta inclusiva de educação, pois além de criarem espaços educacionais distintos para seus alunos, a partir de uma identidade específica, esses espaços estão organizados pedagogicamente para manterem tal separação, definindo as atribuições de seus professores, currículos, programas, avaliações e promoções dos que fazem parte de cada um desses espaços.
De acordo com Ropoli (2010), na perspectiva da inclusão escolar, a(s) identidade(s)
especial mantém alguns alunos nos grupos dos diferentes ou excluídos, ou seja, nos grupos dos alunos com necessidades educacionais especiais, com dificuldade de aprendizagem e dos portadores de deficiências.
se ordenam e são definidas em torno de oposições binárias (normal/especial, branco/negro, masculino/ feminino, pobre/rico).
normal é tida como natural, estável, permanente, acabada, homogênea, generalizada, universal e positiva em relação às demais.
são transitórias, instáveis, inacabadas e, portanto, os alunos não são categorizáveis, não podem ser reunidos e fixados em categorias, grupos, conjuntos.
padrão é eleita como norma, é privilegiada em relação às demais e é a partir dela que as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas.