Paciente do sexo feminino, 67 anos, evangélica, casada há 40 anos, 2 filhos independentes, dona de casa, internouse para realização de biopsia cerebral. Contudo, houve intercorrências durante o procedimento que impediram a realização da biópsia e a paciente sofreu o rompimento de uma artéria importante, deixando-a com sequelas. Após 2 meses e meio de internação para tratamento e restabelecimento da paciente, ela recebe alta hospitalar com traqueostomia, sem andar ou comer sozinha. O esposo da paciente mantém uma atitude de revolta e diz que não vai levar a paciente para casa enquanto ela não sair do hospital melhor do que entrou. Você é psicólogo do setor de enfermaria e tem acompanhado o caso desde o início. Como você procede?
Entrevista o familiar a fim de compreender as demandas latentes que o fazem recusar a levar a paciente para casa.
Dá voz ao desejo manifesto da família e conversa com a equipe de cuidados, solicitando que a paciente só receba alta quando estiver totalmente restabelecida.
Entrevista os filhos da paciente a fim de identificar outro suporte social que se responsabilize pela alta hospitalar.
Entrevista o paciente com técnicas de persuasão para tentar convencê-lo a levar a paciente para casa, alertando para os riscos reais de a paciente se infectar com uma bactéria hospitalar no caso de uma desnecessária internação mais prolongada.
Não intervém, pois, esta questão já é uma formalidade estabelecida pelo hospital, e a paciente receberá a alta hospitalar, quer o familiar concorde ou não.