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Na conhecida Nota sobre a criança (1969), Lacan afirma que o sintoma da criança é capaz...

Na conhecida Nota sobre a criança (1969), Lacan afirma que o sintoma da criança é capaz de “responder ao que existe de sintomático na estrutura familiar” e, portanto, se define “como representante da verdade”. Ele aponta, assim, para duas formas de articulação do sintoma infantil: a primeira, que corresponde à articulação significante orientada pela metáfora paterna; e a segunda, que decorre da subjetividade da mãe e deixa a criança exposta a todas as capturas fantasísticas. Assim, pode-se dizer que o sintoma infantil:

A

na primeira articulação, corresponde ao lugar condensador de gozo; na segunda, permite à criança o acesso à significação fálica;

B

na primeira articulação, está ligado à neurose e à perversão; na segunda, à psicose infantil;

C

na primeira articulação, realiza a presença do objeto mais gozar; na segunda, deixa uma abertura maior às intervenções do analista;

D

na primeira articulação, representa a verdade do casal familiar; na segunda, realiza a presença da criança como objeto a;

E

na primeira articulação, corresponde ao terceiro momento do édipo; na segunda, ao primeiro momento.