Na vivência de transtornos mentais, são costumeiras as alterações na percepção do tempo e do espaço, tanto nas suas dimensões objetivas quanto subjetivas (tempo cronológico e tempo interior; espaço físico e espaço relacional). Sobre a vivência do espaço nos transtornos mentais, é CORRETO afirmar que,
no estado de êxtase, o espaço exterior pode ser vivenciado como muito encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros.
no indivíduo com agorafobia, há perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior. Nesse caso (que também pode ser classificado como Transtorno da Consciência do Eu), o sujeito sente como se estivesse fundido no mundo exterior.
no indivíduo em estado maníaco, é a de um espaço extremamente dilatado e amplo, que invade o das outras pessoas. O maníaco desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo o espaço exterior fosse seu. Esse espaço não oferece resistências ao seu eu.
nos quadros depressivos, o indivíduo vivencia o seu espaço interior como invadido por aspectos ameaçadores, perigosos e hostis do mundo. O espaço exterior é, em princípio, invasivo, fonte de perigos e ameaças.
para o indivíduo com quadro paranoide, o espaço exterior é percebido como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.