J. William Worden (2013), em seu livro Aconselhamento do luto e terapia do luto: um manual para profissionais de saúde mental, define o luto como um processo cognitivo que envolve confrontação e reestruturação do pensamento acerca da pessoa morta, da experiência da perda e do mundo modificado, no qual agora, o enlutado precisa viver. O(A) psicólogo(a) ao analisar os pressupostos teóricos e técnicos relacionados ao luto deve levar em consideração que:
Podem ser definidas quatro fases do processo de luto. A fase IV é o período de torpor. Esse torpor, que é vivenciado pela maioria dos sobreviventes, ajuda a negar a realidade da perda, pelo menos por curto período.
Os sintomas associados com o luto, diferentemente da depressão, são culpas acerca de atitudes do sobrevivente tomadas no período da morte, preocupação mórbida com desvalia, retardo psicomotor marcado, prejuízo funcional intenso e prolongado e experiências alucinatórias.
O aconselhamento do luto pode ser feito em um contexto de grupo. É essencial, no entanto, excluir do trabalho grupal pessoas cuja perda já completou mais de um ano. Aqueles cuja perda abrange esse período são muito mais bem atendidos individualmente, em aconselhamento ou terapia.
As diferenças principais entre luto e depressão são: enquanto na depressão, assim como no luto, você pode encontrar sintomas clássicos de distúrbios de sono, apetite e intensa tristeza, na reação de luto, não há perda de autoestima comumente encontrada na maior parte das depressões clínicas.