O ser humano é simultaneamente um ser sociável e um ser socializado, sendo assim, entendemos com isso que ele é, ao mesmo tempo, um sujeito que aspira se comunicar com os seus pares e, também, membro de uma sociedade que o forma e o controla, quer ele queira ou não (Rodrigues, Assmar & Jablonski, 2000). Pensando nisso, analise a seguinte situação: João ocupa a liderança formal de um grupo de trabalho em uma petrolífera e precisa indicar qual funcionário passará os próximos 15 dias embarcado em uma plataforma. Dentre todos os funcionários, o mais indicado, no momento em questão, para esta tarefa específica é Pedro, seu sogro. O período do embarque, no entanto, abrange o aniversário de seu filho, neto de Pedro, e sua família está organizando uma festa. A situação está produzindo muita ansiedade em João. Em termos de estrutura dos grupos, o que está acontecendo no ambiente de trabalho, nessa situação, é:
a pressão para a conformidade, no sentido em que João percebe a necessidade de modificar a estrutura de seu grupo para não precisar gerenciar seu sogro.
um conflito de papéis, uma vez que a expectativa da empresa está em conflito com a expectativa familiar, e esses dois papéis se superpõem em relação a Pedro.
uma discrepância de status, uma vez que a posição de chefia de João entra em choque com a posição que ocupa na família.
uma falha no estabelecimento dos papéis grupais que deveriam garantir a João a objetividade e a impessoalidade de sua decisão.
No processo de facilitação do grupo João não consegue tomar uma decisão em decorrência de serem parentes.