“Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: ‘O objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: ‘O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente’. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade.” (BOCK, 2001, p. 25). A diversidade de objetos da Psicologia pode ser explicada, segundo pensamento da autora, por todas as afirmativas abaixo, com exceção:
Pelo fato de este campo do conhecimento constituir-se como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século 19), a despeito de existir há muito tempo na Filosofia enquanto preocupação humana, é improvável que ela consiga determinar o seu objeto de estudo.
Quando uma ciência é muito nova, ela pode não ter tido tempo ainda de apresentar teorias acabadas e definitivas, que permitam determinar com maior precisão seu objeto de estudo.
Pelo fato de o cientista — o pesquisador — confundir-se com o objeto a ser pesquisado. No sentido mais amplo, o objeto de estudo da Psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está inserido na categoria a ser estudada.
Conforme a definição de homem adotada, teremos uma concepção de objeto que combine com ela. Como, neste momento, há uma riqueza de valores sociais que permitem
várias concepções de homem, diríamos simplificadamente que, no caso da Psicologia, esta ciência estuda os “diversos homens” concebidos pelo conjunto social.