Em consonância com as Referências técnicas para atuação de psicólogas/os em políticas públicas de álcool e outras drogas (CFP, 2019), assinale a alternativa INCORRETA.
O paradigma proibicionista favorece práticas tutelares, heteronômicas e violadoras de direitos amparadas no modelo médico-moral. Dessa forma, tal modelo afirma as proposições da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Luta Antimanicomial, através da internação compulsória e involuntária, além do tratamento visando a abstinência como única meta possível.
O grande desafio é atuar de modo ampliado e intersetorial na perspectiva da garantia de direitos e, dessa maneira, enfrentar a lógica reducionista que trata a questão das drogas pela via da doença e da periculosidade.
A expansão da política repressiva, chamada internacionalmente de guerra às drogas, incide, na verdade, em determinados sujeitos e grupos sociais e tem produzido mais violência, morte e custos sociais do que os danos advindos do próprio uso das substâncias tornadas ilícitas.
Embora o debate sobre as drogas tenha se intensificado na atualidade com a diversificação de dispositivos de cuidado, desde a década de 1980, a Política Nacional de DST/AIDS e o processo da Reforma Psiquiátrica foram marcos importantes para o desenvolvimento posterior das políticas públicas sobre álcool e outras drogas.
A lógica reducionista e patologizante do uso de uso de álcool e outras drogas cria dificuldades para o acolhimento dos usuários, que passam a ser objeto de discriminação, preconceito, exclusão, acionando também as práticas de recolhimento e internação compulsória como foi verificado nas grandes cidades brasileiras.