O tema do suicídio no trabalho, vem ganhando notoriedade nos últimos anos, sobretudo em países europeus. A gravidade da questão, estudada hoje pelo psicanalista francês Christophe Dejours, tem sido compreendida já por sociólogos brasileiros que, em alguns casos, vêem o trabalho como fonte de sofrimento, como uma fatalidade. Na sociologia clássica um dos trabalhos mais conceituados e inéditos é creditado a Durkheim, em sua obra “O suicídio”, que buscava compreender a disposição social para o suicídio. Sobre este fato social, podese afirmar que:
O estudo de Durkheim chegou à conclusão que o suicídio da época era relativo especificamente à desordem mental e questões ligadas a problemas religiosos.
Evidenciou a tese de que as escaladas das taxas globais de suicídios eram devidas à passagem da ordem tradicional, a uma nova ordem e ao crescimento do industrialismo do século XIX, expressos em uma transição de dissolução dos laços que uniam os homens.
Concebia o suicídio como um evento individual que parecia depender quase exclusivamente de fatores pessoais.
Analisou fontes estatísticas de países europeus e compreendeu que o suicídio era explicado pela constituição orgânico-psíquica dos indivíduos e pela natureza do ambiente natural.
Concebia o suicídio sem correlações sociais e que a modalidade do suicídio em toda Europa vinha de uma mesma natureza, não havendo especificidades nacionais ou regionais.