O termo Freemartin é utilizado para designar uma fêmea bovina concebida em uma gestação múltipla heterossexual. É a forma mais frequente de interssexualidade encontrada nos bovinos, sendo resultante da anastomose dos vasos sanguíneos placentários, que conduzem a uma circulação comum entre os embriões, permitindo que a diferenciação do macho, que ocorre anteriormente a da fêmea, interfira no desenvolvimento normal do trato reprodutor feminino. Assinale a alternativa correta.
Os partos gemelares são mais frequentes nas raças zebuínas (B. taurus indicus) do que em gado de origem europeia (B. taurus taurus).
A síndrome fremartinismo é herdável como a propensão de gerar gêmeos cuja incidência varia entre as raças bovinas, sendo que a maioria dos partos gemelares são 95% dizigóticos e 45% são heterossexuais.
A anatomose dos vasos cório-alantóides e a fusão da circulação das membranas fetais permitem o intercâmbio de várias substâncias de andrógenos de origem testicular, de células (hemáceas e leucócitos e do fator de diferenciação gonodal (GDF) e do fator inibidor dos ductos de Wolff (WIF).
O período ideal para o diagnóstico pelo método bidimensional de imagem ultrassonográfica em tempo real (modo-B), por via retal, utilizando sonda transdutora múltipla, emissora de sinais sonoros de alta frequência é entre 75 e 80 dias para vacas grandes ou idosas e 80-90 dias de gestação para raças pequenas ou vacas novas.
Os sinais clínicos observados na fêmea freemartin são: alterações da constituição, que a torna masculinizada (pescoço curto e grosso, cabeça pesada e tórax mais desenvolvido, maior massa muscular), vulva pequena com pelos longos na comissura ventral, possibilidade de formação de pseudo-prepúcio, hipertrofia do clitóris e nos casos de masculinização máxima desenvolvimento de uma formação hiperplásica na vagina.