Os carboidratos podem ser classificados em: estruturais (CE) e não estruturais (CNE), quando se considera a função desempenhada nas plantas, ou em fibrosos (CF) e não fibrosos (CNF) quando se considera as características nutritivas. Levando em consideração os conceitos de carboidratos e seu metabolismo em ruminantes, é correto afirmar que:
nos ruminantes, a glicose proveniente da digestão do amido não fermentado no rúmen é absorvida preferencialmente pelas mucosas do jejuno e íleo por transporte passivo.
a fermentação dos carboidratos no rúmen dá origem à produção de ácidos graxos voláteis que representam a principal fonte de energia para ruminantes, além disso, o uso de carboidratos pelos microrganismos do rúmen é um fator crítico para maximização da síntese de proteína microbiana e manutenção da função ruminal.
carboidratos estruturais (CE) ou fibrosos (CF) são os carboidratos encontrados na parede celular dos vegetais. De acordo com os conceitos de CE e CF, ambos são compostos, principalmente, por pectina, celulose, hemicelulose e lignina, portanto, melhor representados pela fibra em detergente neutro.
a fermentação dos açúcares é a principal fonte de energia para a formação de ATP que é utilizado para mantença e crescimento dos microrganismos ruminais. A principal via de fermentação das hexoses é a glicolítica onde são gastos dois moles de ATP para fosforilar uma hexose, sendo formados 6 ATP durante a conversão das 2 trioses-P em dois piruvatos, com rendimento líquido de 3 ATP e 3 NADH2, para cada mol de hexose fermentado.
a relação forragem:concentrado na ração influencia diretamente as proporções entre os ácidos graxos voláteis no rúmen, que se mantêm, em rações à base de forragens, mais ou menos estáveis com valores próximos de 45:35:20 moles de acetato:propionato:butirato, e, para rações ricas em concentrado, dependendo do pH, com uma relação aproximada de 75:15:10 moles de acetato:propionato:butirato.