Pelo tratado anglo-brasileiro de 1826, todo o tráfico escravo brasileiro se tornou ilegal em março de 1830. O governo brasileiro se viu imediatamente sob intensa pressão britânica para cumprir sua obrigação de criar e colocar em vigor leis proibindo a importação de escravos no Brasil. Finalmente, foi aprovada uma lei em 7 de novembro de 1831. Mas, pelo visto, era apenas "para inglês ver".
(CARVALHO, José Murilo de (Coord.). A construção nacional: 1830-1889. Vol. 2. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 24.)
Considerando o contexto histórico da expressão "para inglês ver" no Brasil e sua relação com a legislação citada no texto base, assinale a afirmativa correta.
A expressão "para inglês ver" refere-se às políticas internas do Brasil que, diante das pressões do governo inglês, implementaram reformas substanciais e efetivas para modernizar a economia e a sociedade, erradicando práticas arcaicas como a escravidão sem contradições práticas.
A expressão "para inglês ver" está associada ao sistema legislativo brasileiro que, durante o século XIX, promoveu uma série de reformas sociais genuínas, destacando-se pela eliminação rápida e eficaz da escravidão através de uma aplicação rigorosa de leis e repressões em parceria com a Inglaterra.
A expressão "para inglês ver" descreve as medidas severas e aplicadas com firmeza pelo governo brasileiro contra o comércio escravista realizado pela Inglaterra, seu maior adversário comercial, medidas que visavam, também, transformar a estrutura social e econômica do país, eliminando a escravidão de forma definitiva e sem resistência significativa.
A expressão "para inglês ver" surgiu em resposta às leis rigorosas e amplamente aplicadas pelo governo brasileiro para abolir a escravidão, destacando o compromisso genuíno do país, junto a parceiros como a Inglaterra, com a abolição e os direitos humanos.
A expressão "para inglês ver" reflete a criação de leis vistas como simbólicas, não efetivamente aplicadas, ou, ainda, sem a devida fiscalização pelo governo brasileiro, que visava acalmar as pressões internacionais, especialmente britânicas, enquanto continuava a prática da escravidão internamente.