A cetoacidose diabética (CAD) representa a descompensação aguda mais grave em crianças e adolescentes diabéticos. A CAD pode ser definida como um conjunto de alterações clínico-laboratoriais decorrentes da insuficiente ação insulínica e da concomitante hipersecreção dos hormônios contrarreguladores da insulina em resposta a alguma situação de estresse. Corresponde à caracterização laboratorial da CAD:
Hiperglicemia (glicemia superior a 250 mg/dL); acidose metabólica (pH < 7,8 e/ou bicarbonato inferior a 25 mEq/L) com elevação do ânion-gap; e, presença de cetonemia (cetonas séricas superiores a 5 mg/dL ou fortemente positivas em diluição do soro superior a 1:2).
Hiperglicemia (glicemia superior a 200 mg/dL); acidose metabólica (pH < 7,3 e/ou bicarbonato inferior a 15 mEq/L) com elevação do ânion-gap; e, presença de cetonemia (cetonas séricas superiores a 3 mg/dL ou fortemente positivas em diluição do soro superior a 1:2).
Hiperglicemia (glicemia superior a 150 mg/dL); acidose metabólica (pH < 7,1 e/ou bicarbonato inferior a 10 mEq/L) com elevação do ânion-gap; e, presença de cetonemia (cetonas séricas superiores a 3 mg/dL ou fortemente positivas em diluição do soro superior a 1:2).
Hiperglicemia (glicemia superior a 200 mg/dL); acidose metabólica (pH < 7,8 e/ou bicarbonato inferior a 20 mEq/L) com elevação do ânion-gap; e, presença de cetonemia (cetonas séricas superiores a 3 mg/dL ou fortemente positivas em diluição do soro superior a 1:8).