A matéria da ONU traz dados alarmantes acerca de uma realidade que ainda é ignorada por muitos em nosso país: a escravidão e o tráfico de pessoas na contemporaneidade. A respeito dessas duas questões endêmicas, principalmente nas regiões com maiores índices de vulnerabilidade social do país, é VERDADEIRO o que se afirma em:
O garimpo, por ser uma atividade extrativista, está diretamente ligada à exploração de mão-de-obra desqualificada, o que facilita as relações abusivas de trabalho.
A migração interna em torno do garimpo é um fator puramente cultural, o que poderia ser comparado à chamada “febre do ouro”, fenômeno ocorrido em diversos países e territórios, como foi o caso da explosão demográfica em torno do garimpo de Serra Pelada, o mais famoso do país nos anos oitenta.
O garimpo ilegal, sem autorização oficial, frequentemente é realizado em áreas protegidas ou reservas indígenas, causando degradação ambiental e conflitos sociais, facilitado pelo jogo de interesses políticos, econômicos e empresariais.
Em muitas regiões remotas e economicamente desfavorecidas, o garimpo ilegal pode ser uma das poucas oportunidades de sustento para as comunidades locais, suprindo suas necessidades básicas e lhes conferindo um modo de vida mais digno que o inserido no modelo de exploração econômica promovido pelo agronegócio.
O garimpo ilegal é uma atividade clandestina que ocorre sem a devida autorização e regulamentação das autoridades competentes, entretanto é um facilitador do processo de migração interna, já que a maioria dos pequenos garimpeiros já é por si só, vítimas do sistema, de nada adiantando a coibição dessa atividade econômica.