Imagem de fundo

“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar ...

“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Faz parte das condições em que aprender criticamente é possível, a pressuposição por parte dos educandos de que o educador já teve ou continua tendo experiência da produção de certos saberes e que estes não podem a eles, os educandos, ser simplesmente transferidos.” (Paulo Freire)

Para Paulo Freire, nas condições de verdadeira aprendizagem, os educandos vão se transformando em:

A

pessoas competentes, hábeis, com conhecimentos, comportamento ou valores adquiridos ou modificados.

B

reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo.

C

indivíduos com cultura, estudo, experiência, formação, autonomia, raciocínio e observação.

D

seres humanos moldados pelas relações interpessoais estabelecidas na escola entre os sujeitos que dela participam.

E

adultos conscientes de sua condição humana, atentos aos conhecimentos adquiridos via observação, identificação e pesquisa.