No final da década de 1970, o movimento operário brasileiro ressurgiu com toda a sua força nas greves dos metalúrgicos do ABC Paulista.
Os metalúrgicos do ABC, sob a liderança de Luiz Inácio da Silva (...), desmistificaram a ideia de ausência de conflitos que os militares se esforçavam por creditar à sociedade brasileira. Realizando imensas assembleias e greves prolongadas, os metalúrgicos do ABC estimularam a organização de outras categorias. Em 1979, mais de 3 milhões de trabalhadores entraram em greve no país. As reivindicações eram amplas: reposição do valor dos salários (...), reconhecimento das organizações sindicais autênticas e o retorno à normalidade democrática.
(Nicolina L. de Petta e Eduardo A. B. Ojeda. História: uma abordagem integrada. São Paulo: Moderna, 2003, p. 287)
A partir do texto, assinale a alternativa que identifica uma contradição revelada pela luta sindical dos trabalhadores do ABC.
O desenvolvimento econômico promovido pela implantação da indústria automobilística durante o governo militar foi responsável pela repressão aos movimentos sindicais no País.
O crescimento da indústria automobilística e das atividades produtivas criou pleno emprego, mas gerou também desigualdades que restringiram a luta dos trabalhadores terceirizados.
A modernização urbano-industrial, resultante do crescimento das fábricas de automóveis no governo militar, dificultou a formação de uma classe operária atuante nos movimentos grevistas.
O governo militar foi o responsável pelo crescimento das fábricas de automóveis, onde se formou uma classe operária combativa, em grande parte responsável pelo fim do militarismo.
A repressão ao movimento operário promovida pelos militares nas fábricas de automóveis incentivou a reorganização política de sindicatos urbanos e de lideranças rurais em todo o País.