No trecho seguinte, Maria da Conceição Tavares alude à “substituição de importações” como força deflagradora do processo de industrialização no Brasil.
Este período, desde a crise [dos anos 1930] até o começo da década de 1950, seria o único que poderia merecer, com certa propriedade, a designação de “substituição de importações”, dado que, a partir de uma capacidade para importar que diminui em termos absolutos, conseguiu-se promover um intenso crescimento da produção industrial.
TAVARES, M. C. Acumulação de Capital e Industrialização no Brasil. 3. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 1998. p.128-129.
Na interpretação clássica da autora, a origem da industrialização por substituição de importações, no Brasil, está relacionada à
expansão da economia cafeeira no final do século XIX.
diversificação do setor industrial a partir da década de 1920.
difusão do trabalho assalariado, que se seguiu à Abolição da escravatura.
crise do setor cafeeiro, no período imediatamente posterior ao crash de 1929.
política de sustentação dos preços externos do café, inerente ao Acordo de Taubaté.