O Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD) é um paradigma que se contrapõe à teoria microeconômica neoclássica para o estudo do comportamento das empresas e do mercado.
Relativamente às implicações desse modelo, verifica-se que,
em concorrência perfeita, considerando-se a versão estática do modelo ECD, a análise das condutas ou das estratégias das empresas é supérflua, dado que as informações fornecidas pela estrutura são suficientes para prever ou induzir o comportamento adequado das empresas.
em um mercado de concorrência perfeita, considerando-se a visão dinâmica do modelo ECD, as empresas não têm condições individuais de influenciar a concorrência e se comportam de acordo com os sinais emitidos pelo mercado, ajustando seus custos para não ter prejuízo.
em um mercado oligopolizado, considerando-se a visão dinâmica do modelo ECD, as empresas se comportam de forma colusiva para determinar seus preços, de modo a extrair o máximo de excedente, reagindo às estruturas dadas dos mercados e não rivalizando diretamente com as demais empresas.
em mercados competitivos, considerando-se uma visão dinâmica do modelo ECD, as pequenas empresas não são capazes de introduzir inovações que provoquem disrupturas em suas condições básicas de oferta.
em estruturas oligopolizadas, as grandes empresas são capazes de introduzir inovações apenas na visão dinâmica do modelo ECD, mas não em uma visão estática tradicional desse modelo.