A monitorização da pressão intra-abdominal é um procedimento de indicação médica, mas sua realização é de competência do enfermeiro. Os efeitos adversos da hipertensão intra-abdominal são conhecidos há anos, mas recentemente tem se dado uma importância clínica mais significativa à PIA elevada. Todas as afirmativas a seguir estão corretas, com EXCEÇÃO da
A hipertensão intra-abdominal pode ser definida como uma elevação acima de 12 mmHg adquirida por três mensurações realizadas com intervalos de 4 a 6 horas.
Pressões entre 15 e 20 mmHg podem ser comprometedoras e causar aumento do débito urinário, oligúria, hipoxemia e aumento do débito cardíaco.
A PIA elevada é detectada principalmente em pacientes em choque, nos quais ocorre isquemia na mucosa intestinal, com liberação de toxinas bacterianas, mediadores inflamatórios, radicais livres e oxigênio, causando edema da parede intestinal.
A PPA (pressão de perfusão abdominal) avalia não somente a gravidade da PIA, mas a adequação relativa do fluxo sanguíneo abdominal. A PPA é igual à PAM (pressão arterial média) menos a pressão intra-abdominal (PIA).
As complicações da PIA são hipertensão intra-abdominal e síndrome do compartimento abdominal e estão diretamente relacionadas com as alterações na cavidade abdominal. Deve-se atencionar para abdome distendido e tenso, aumento da pressão inspiratória, hipercapnia e oligúria.