Em breve ocorrerá um exercício militar conjunto das forças armadas, e o capitão QCO enfermeiro recebeu a missão de coordenar e desenvolver o treinamento do contingente de enfermagem convocado para integrar as equipes de resgate e tratamento simulado de feridos. Considerando-se que a avaliação da vítima de trauma deve envolver o conhecimento da cinemática, ao discutir a assistência às vítimas de explosão, o capitão enfermeiro deve esclarecer que, de acordo com o apresentado em “PHTLS: Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado” (2017), existem cinco categorias de lesões provocadas por explosão. Na categoria
Terciária, as lesões são produzidas pelo contato da onda de explosão com o corpo. Os órgãos preenchidos por gás são mais suscetíveis. A ruptura da membrana timpânica, a concussão e a explosão do pulmão são lesões típicas.
Quaternária, as lesões, resultantes de aditivos específicos como radiações ou bactérias, em caso de danos em estruturas contaminadas, são tardias. Queimaduras e intoxicações compõem as lesões típicas.
Quinária, as lesões são resultantes da exposição a danos em grandes estruturas, tais como barragens, represas e edifícios. Afogamento, obstrução grave de vias aéreas e síndrome compartimental são lesões típicas.
Secundária, observa-se lesões balísticas produzidas por pedaços de explosivos ou fragmentos do ambiente como, por exemplo, vidros. As lesões penetrantes, amputações traumáticas e lacerações são lesões típicas.
Primária, a onda de explosão ejeta indivíduos em direção a superfícies ou objetos em direção a indivíduos. As lesões fechadas e a síndrome do esmagamento são lesões típicas.