A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, com diversos sinais e sintomas, sendo a intolerância aos esforços, a fadiga muscular e a dispneia os mais característicos. No ambiente hospitalar, o mais comum é a presença de pacientes com IC aguda, ou seja, que apresentam disfunção miocárdica aguda comumente decorrente de IAM. A IC aguda é a principal causa de internações hospitalares em indivíduos acima de 65 anos, e a que acarreta maior custo entre as doenças cardiovasculares nos países ocidentais. Sobre as características clínicas e o tratamento físico desses pacientes, assinale a alternativa CORRETA.
Na fase hospitalar, o fisioterapeuta tem o objetivo de iniciar precocemente o programa de reabilitação cardiovascular, incluindo a educação para adoção de um padrão de vida mais ativo, conscientizando o paciente e os familiares sobre a importância da mudança dos hábitos de vida, além da prática regular de exercícios físicos devidamente prescritos.
Na fase hospitalar, há o predomínio de atividades de alto gasto energético, que otimizam a capacidade funcional para as AVDs, preparando o paciente física e psicologicamente para a alta hospitalar.
A “mobilização precoce” desses cardiopatas constitui-se de um conjunto de atividades físicas não-progressivas de baixa intensidade, capazes de induzir respostas fisiológicas agudas (aumentar a ventilação, a circulação central e periférica, o metabolismo muscular e o alerta), começando dentro de 48 horas de admissão na UTI.
Os benefícios da mobilização precoce em pacientes críticos cardiopatas não são muito bem estabelecidos na literatura, por isso, devem ser realizados apenas nos pacientes com disfunções musculares periféricas, mas evitados nos doentes com alterações centrais (de bomba muscular cardíaca).
Na sala de emergência, é comum a chegada de pacientes com IC aguda em situações de insuficiência respiratória por edema agudo de pulmão (EAP). Na maior parte dos casos, é necessário intubar imediatamente o paciente para garantir uma boa ventilação pulmonar.