Célebre pela frase “L'État c'est moi” (O Estado sou eu), Luís XIV não só moldou o mapa da França como o conhecemos hoje (as fronteiras atuais refletem, a grosso modo, as conquistas militares de seu longo reinado), mas também modernizou a estrutura administrativa e militar de seu território, implantou vastas reformas econômicas, consolidou o poderio francês no novo mundo e afirmou o papel da França como a principal potência do continente europeu, durante sua vida.
(SIMIQUELI, 2017.)
O absolutismo francês gerou uma aura de poder e autoridade em torno da figura real, e materializou-se em obras gigantescas que refletiam a grandeza desse período, como é o caso do Palácio de Versalhes. No entanto, podemos afirmar que o legado dos reis franceses são duplos
já que em uma parte trazia a autossuficiência da nobreza e do clero em relação às demais camadas da população e, em outra, a instauração de um novo tipo de sociedade baseada na meritocracia.
tendo de um lado a modernização da França, o fortalecimento de sua infraestrutura econômica e de suas instituições políticas e, de outro, o empobrecimento de sua população e os exageros da nobreza.
pois privilegiava ostensivamente duas classes sociais distintas, embora complementares, a saber: de um lado a nobreza, que controlava o governo e, de outro, o clero, que abastecia todos os demais setores da vida urbana.
pois, ao ser analisado pelo viés econômico, são identificados a autonomia e a hegemonia dos reis em relação a qualquer camada da população e, ao contrário, pelo viés religioso, nota-se que o rei, na verdade, era um verdadeiro súdito.