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“Tanto na plantation como na agricultura voltada para o abastecimento, ou mesmo nas cid...

“Tanto na plantation como na agricultura voltada para o abastecimento, ou mesmo nas cidades, a reposição física da escravaria – e, portanto, da própria relação social básica – se efetuava por meio do tráfico atlântico, terceiro traço distintivo de uma economia colonial típica.”


FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo; FARIA, Scheila de Castro. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). Atual Editora, 1998. p. 96.


O fragmento de texto acima apresenta uma importante característica do sistema escravista colonial americano, ao abordar a reposição de braços cativos, que tanto enriqueceu o tráfico atlântico, e marcou séculos da exploração europeia sobre o continente.


Pode-se considerar como outra característica desse sistema:

A

o fato de a escravidão, tanto dos nativos, como dos africanos, não ser considerada uma atividade duplamente lucrativa, pois apenas no nível da circulação da mercadoria humana, responsável pela Diáspora Africana, e não no nível da produção, permitiu a acumulação de capital por parte da burguesia metropolitana ligada ao tráfico atlântico

B

o predomínio da escravidão nativa na colônia portuguesa americana, que variava dependendo da maior ou menor oferta de braços, caso do litoral nordestino, que predominou até o fim do século XVI, e da região centro-sul (atual sudeste), em que o trabalho do nativo escravizado predominou até, pelo menos, o início do século XIX

C

a escravidão dos povos originários, regulamentada pela legislação de 1570, que tornava legal o cativeiro dos nativos e permitia escravizar os nativos capturados em guerras justas, seja no combate às nações indígenas que não aceitavam a evangelização, seja na aquisição por resgate dos que eram aprisionados por aldeias adversárias

D

o fato de o tráfico atlântico dos africanos escravizados ter consolidado ainda mais a economia colonial europeia nos trópicos, pois, sendo a principal forma de reposição de braços para a grande produção, também levava a Coroa portuguesa a consolidar ainda mais as alianças realizadas junto aos vários reinos africanos, como o do Congo