Os historiadores da dita “Escola Metódica ou Positivista” afirmavam-se capazes de tecer considerações sobre determinado objeto ou fato histórico de maneira meramente objetiva, ou seja, dentro dessa perspectiva, o objeto falava por si mesmo. Para eles é necessária uma atitude isenta, sem manter relações de interdependência, obtendo um conhecimento histórico objetivo, um reflexo fiel dos fatos do passado, puro de toda distorção subjetiva. O historiador para eles narra fatos realmente acontecidos e tal como eles se passaram.
(REIS, 2004, p.18.)
Dentro dessa perspectiva, considerava-se a história como:
Um enredo cuidadosamente tecido pelo historiador, através da observação e da ponderação sobre o que poderia vir a público.
Uma atitude filosófica, mais de contemplação do que de qualquer outra coisa, em que a reflexão determina o que realmente vai ser registrado.
Uma narrativa densa e detalhada, dotada de responsabilidade social, e, portanto, construída apenas a partir da perspectiva política do historiador.
Uma ciência linear, baseada na observação passiva do passado, tendo o historiador uma postura de distanciamento em relação ao objeto investigado.