Quando D. Pedro l abdicou do trono do Brasil, em 1831, seu filho D. Pedro de Alcântara, foi aclamado Imperador Constitucional Pedro ll, em sua menoridade. Muitos avaliavam que a menoridade de D. Pedro de Alcântara, então um menino de nove anos, fragilizava o poder central. Além disso, julgava-se que um império sem imperador era um convite às dissidências de todo tipo. Diversas revoltas eclodiram. Sobre as revoltas regenciais e do segundo reinado, qual das afirmações apresentadas está de acordo com o referido período histórico?
A Cabanagem ocorreu em Minas Gerais, este nome é derivado de cabana, tipo de habitação usada pela população pobre, às margens dos rios. Essa população, formada por brancos e mestiços, participou ativamente do movimento que foi provocado por divergências ocorridas entre as elites locais, que aspiravam o direito de escolher os presidentes de província.
A Sabinada ocorreu em Salvador e envolveu pessoas ligadas ao meio rural, como os produtores rurais de gado e alimentos para subsistência, também tiveram participação pequenos comerciantes, funcionários públicos, artesãos, muitos deles ex-escravos, representando uma reação dos grupos liberais exaltados ao domínio do governo central sobre as províncias.
A Revolta da Farroupilha recebeu esse nome porque seus insurgentes, proprietários rurais e grandes criadores do Rio Grande Sul, foram chamados de farrapos, pelas tropas imperiais. Apenas os liberais e revolucionários do Sul consideravam que o governo da corte privilegiava as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e de São Paulo, foi a revolta mais longa do período regencial.
A Revolta dos Malês foi composta por muçulmanos nascidos na África, muito numerosos, fossem escravos ou libertos, em Salvador, na Bahia. Nenhum escravo ou alforriado nascido no Brasil tomou parte da rebelião, que demonstra uma divisão por origem entre os escravizados da cidade, tudo indica que a insatisfação desses mulçumanos foi a repressão religiosa.
As revoltas escravas tiveram diferenças fundamentais em relação às outras, elas eram temidas pela população livre, principalmente pelas elites. As revoltas envolvendo os negros libertos foram divulgadas em jornais e tiveram, muitas vezes, como resultado dramático, a eliminação sumária de líderes e seguidores nos próprios locais de confronto, gerando medo na população.