Leia o trecho do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, narrado pelo personagem Bentinho:
“Palavra que estive a pique de crer que era vítima de uma grande ilusão, uma fantasmagoria de alucinado; mas a entrada repentina de Ezequiel, gritando: — "Mamãe! mamãe! É hora da missa!" restituiu-me à consciência da realidade. Capitu e eu, involuntariamente, olhamos para a fotografia de Escobar, e depois um para o outro. Desta vez a confusão dela fez-se confissão pura. Este era aquele; havia por força alguma fotografia de Escobar pequeno que seria o nosso pequeno Ezequiel. De boca, porém, não confessou nada; repetiu as últimas palavras, puxou do filho e saíram para a missa”. ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. 28.ed. São Paulo: Ática, 1994.
Com base no excerto acima, é possível afirmar:
O narrador do texto é onisciente.
O trecho sugere que Escobar é filho de Bentinho e de Capitu.
O trecho traz dúvidas quanto à fidelidade de Capitu, sugerindo que Ezequiel seja, na verdade, filho de Escobar e não de Bentinho.
Os termos “confusão” e “confissão” podem ter sido usados como forma de criar um efeito estilístico em virtude da sua similaridade.
As alternativas “c” e “d” estão corretas.