No fundo das teorias do currículo, está, pois, uma questão de "identidade" ou de "subjetividade". Se quisermos recorrer à etimologia da palavra "currículo", que vem do latim curriculum, "pista de corrida", podemos dizer que, no curso dessa "corrida" que é o currículo, acabamos por nos tornar o que somos. Nas discussões cotidianas, quando pensamos em currículo, normalmente pensamos apenas em conhecimento, esquecendo-nos de que o conhecimento que constitui o currículo está inextricavelmente, centralmente, vitalmente, envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos: na nossa identidade, na nossa subjetividade.
SILVA, T. T. Documentos de identidade — uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. 10ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 15-16 (adaptado).
Com base no texto apresentado, sob o foco das teorias críticas e pós-críticas sobre currículo, avalie as afirmações a seguir:
I.Currículo impregna relações de poder à medida que se determina quais conhecimentos serão privilegiados e quais serão relegados.
II.Currículo impregna conhecimentos e saberes organizados sem viés ideológico.
III.Currículo impregna ênfase em conceitos de ideologia e poder.
IV.Currículo impregna objetivos que visem desenvolver habilidades para exercer com eficiência atividades profissionais.
É correto apenas o que se afirma em:
I, II, III e IV.
l e III, apenas.
II e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
IV, apenas.