O III CBAS – Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais é um marco simbólico na recusa do conservadorismo no Serviço Social brasileiro, em favor de sua renovação, resultante de uma construção das forças acadêmico-profissionais acumuladas pelo Serviço Social latino-americano para “virada” do Serviço Social brasileiro. Essas forças remontam ao movimento de reconceituação do Serviço Social (IAMAMOTO, 2019). Sobre o movimento de reconceituação do Serviço Social e o contexto histórico sócio profissional no Serviço Social latino-americano para viabilização do III CBAS – Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais – Congresso da “virada”, marque a alternativa CORRETA.
O movimento de reconceituação do Serviço Social brasileiro possuiu uma base teórica e metodológica homogênea, tendo como fundamento a teoria marxista.
As forças acadêmico-profissionais acumuladas pelo Serviço Social crítico latino-americano e assistentes brasileiros, decisivas para os resultados do Congresso da “Virada”, recusavam o assistencialismo e a benemerência na profissão, e defendiam a especialização da tríade do Social Work norte-americana: o Serviço Social de casos, o Serviço Social de grupo e de desenvolvimento de comunidade.
O movimento de reconceituação expressou questionamentos sobre a finalidade, os fundamentos, os compromissos éticos e políticos, os procedimentos operativos e a formação acadêmica do Serviço Social, o qual foi dotado de uma única vertente a que se denominou intenção de ruptura.
Dentre as conquistas advindas do Congresso da “Virada”, no processo de ruptura com o conservadorismo na profissão, está a atualização e defesa de que a formação profissional deve privilegiar a construção de estratégias, técnicas e a formação de habilidades – centrando-se em como fazer, a partir da justificativa de que o Serviço Social é uma profissão voltada para a intervenção no social visando a integração social.
O Congresso da “Virada” expressou a sintonia do Serviço Social brasileiro com as mobilizações de trabalhadores e entidades da sociedade civil - a exemplo da Igreja Católica, representada na CNBB, Comunidades Eclesiais de Base (CEBS), da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o fim de criar forças de resistência à ditadura do grande capital e no apoio ao processo de construção democrática.