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Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho. Pra que tanta pose doutor...

Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho.

Pra que tanta pose doutor?

Por que esse orgulho?

A bruxa, que é cega, esbarra na gente e a vida estanca.

O enfarte te pega, doutor, e acaba essa banca

(...)

(Billy Blanco. A Banca do Distinto. In Renato da Silva Queiroz. Não vi e não gostei – O fenômeno do preconceito.)


Canções conhecidas da Música Popular Brasileira ajudam a desmascarar – através da ironia – atitudes que desumanizam e coisificam o outro, o diferente. Mas, a leveza musical pode criar a ilusão de que é fácil lutar contra esse câncer social – o preconceito, base de estigmas, estereótipos, discriminação, segregação e genocídio. A respeito dessa luta, é possível afirmar que

A

os preconceitos estão profundamente arraigados na cultura, o que nos impede de lutar contra eles, principalmente dentro da escola.

B

os preconceitos não podem ser entendidos no plano humanizado da cultura, e sim no da dominação-opressão e, portanto, devem ser destruídos, em nome da dignidade de toda pessoa humana.

C

os preconceitos derivam da dificuldade do ser humano em lidar com as diferenças e nada pode ser feito para mudar esse fato, o que inviabiliza nossa luta para destruí-los.

D

os preconceitos tendem a desaparecer no processo de globalização, graças à intensificação das migrações e, portanto, não devemos nos preocupar em lutar contra eles.

E

em nosso país não existem preconceitos, sejam de cor, classe ou etnia, graças à expansão da educação escolar, abrangente em relação a todas as crianças e adolescentes.