Em "O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo", Adelmo Genro Filho elogia alguns dos avanços de Nilson Lage em relação à crítica que fez à ideologia da objetividade e imparcialidade na obra "Ideologia e técnica da notícia", de 1979. Genro Filho reconhece que Lage deu um passo à frente no sentido de uma relevante ruptura com o romantismo arcaico que opunha o "jornalismo opinativo" do século XIX ao jornalismo do século XX, bem como sinaliza para seu progresso no que concerne à mentalidade artesanal que, geralmente, permeia as críticas ao "jornalismo burguês" e ao "mito da objetividade". Por outro lado, o filho de Adelmo Simas Genro sugere que permanece um vácuo teórico. Tal vácuo é:
O vácuo entre o "objetivismo" e o "cientificismo" como renúncia da crítica.
O vácuo entre a criticável tese da objetividade e imparcialidade do jornalismo e as "vantagens práticas" que ela enseja.
O vácuo entre a complexa rede de determinações morais, os indivíduos e a sociedade.
O vácuo entre a Teoria Geral dos Sistemas e a comunicação.
O vácuo entre a concepção de capitalismo e a burguesia nas sociedades modernas.