Rubem Alves afirma que escreve para lutar contra o tempo. “A escritura e a leitura fazem os mortos ressuscitar, fazem o passado acontecer de novo. Por isto, que ao ler o que aconteceu e não mais existe, nós rimos e choramos como se aquilo que aconteceu estivesse acontecendo de novo”.
(ALVES, Rubem. A máquina do tempo. Revista Educação. Ano 14. Nº165. p.58).
Neste sentido, a escrita deve ser um (a)
prática de linguagem processual, de caráter funcional e pragmático, de forma que se instaure uma atividade de prazer, de intercâmbio e interação, atuando pelo contingente do dizer verbal.
exercício ligado a paradigmas linguísticos, sem discussão prévias de informações, de dados ou planejamento.
escrita pontual, no sentido de ser construída no momento exato de sua materialização gráfica, que atenda às exigências imediatistas da escola.
atividade sem a providência de uma operação precedente de armazenamento de informações, sob a precariedade de paradigmas.
exercício que se realiza sob a condição de treino, sem implicar numa atividade processual constituída na sucessividade de operações diversas