A compreensão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva está relacionada a uma concepção e práticas da escola comum que mudam a lógica do processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos saberes que são objeto do ensino formal. Segundo Ropoli (2010), em A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar – A Escola Comum Inclusiva, é correto afirmar que
as práticas escolares inclusivas implicam um ensino adaptado para alguns alunos, bem como uma pedagogia diferente para cada criança, em que elas tenham condições de aprender, segundo suas próprias capacidades, sem discriminações e complementações.
a ideia do currículo adaptado está associada à inclusão dos alunos num processo de exclusão quando não conseguem acompanhar o progresso dos demais colegas na aprendizagem; nesse sentido, currículos e ensino adaptados garantem a aprendizagem diferenciada e individualizada.
a escola comum se torna inclusiva quando reconhece que todos os alunos são iguais diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, mantendo as mesmas práticas pedagógicas que estão sendo satisfatórias, nesse caso, a adoção de novas práticas, depende de mudanças exclusivamente da escola e da sala de aula.
o Atendimento Educacional Especializado é um direito do aluno especial e complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando à sua autonomia na escola e fora dela e constitui-se oferta facultativa pelos sistemas de ensino, sendo realizado, de preferência, nas escolas especiais, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais.
na perspectiva da educação inclusiva, o processo de reorientação de escolas especiais e centros especializados requer a construção de uma proposta pedagógica que institua nestes espaços, principalmente, serviços de apoio às escolas para a organização das salas de recursos multifuncionais e para a formação continuada dos professores do Atendimento Educacional Especializado.