No texto "Psicologia de grupo e análise do ego", Freud (1920) faz alusão ao instinto gregário anteriormente proposto por Trotter. Segundo Trotter, tal instinto, inato aos seres humanos, faria com que os indivíduos se deixassem arremessar junto com a multidão, quase que fortuitamente. Freud, no entanto, faz uma crítica a essa proposição de Trotter. Qual é a crítica feita por Freud?
Esse gregarismo tão somente constitui uma analogia à multicelularidade, sendo, por assim dizer, uma continuação dela.
O instinto gregário é da mesma natureza que os instintos de autopreservação, nutrição e sexo.
O instinto gregário não deixa lugar para a figura do líder, que faz do indivíduo não um animal gregário, mas um animal de horda, conduzido por um chefe.
O instinto gregário, ou sentimento de grupo, não eclode apenas na puberdade, mas pode ser observado nas crianças pequenas quando são deixadas sozinhas.
O instinto gregário é, na verdade, uma continuação do instinto de sedução instaurador do complexo de Édipo.